em relação ao festival... ui

Tens mesmo de arranjar o electroshock. Não dá para perder.
Quando tive o programa na mão, o electroshock e un año sin amor foram dos primeiros titulos, a serem seleccionados com um círculo encarnado.

Infelizmente não vi nenhum deles, ainda por cima, o filme argentino foi distinguido com o prémio de melhor longa-metragem. [sun, bem que podemos dizer - shame on us :/]
Apesar de ter estado ausente, na maioria da temporada, ainda consegui ir ver a sessão de curtas - Playing a Part e o Brokeback Mountain [eu ainda não tinha visto, acreditam?]

em relação ao brokeback...

[antes de +, continuo a concordar com o oscar de melhor filme para o crash]

nem sei o que dizer...já que todos sabem que conta uma história de amor, de um amor proíbido pelo tempo e pela mentalidade. falo daquilo que pensei e que senti.

O filme despertou multidões para a nossa existência. Acredito que ainda muitos ignoram que existem diferentes formas de ser e amar. Mesmo o sabendo, as suas vidas não se encontram [aparentemente] em contacto com esta diferença, e por isso, agem ignorando. O filme obrigou muitos a aceitar e a compreender as diferenças e as semelhanças - amamos os mesmos géneros, mas o que sentimos quando amamamos, é amor.

Adorei o filme. Lembro-me de amigos me terem dito que o achavam um pouco duro e outros apaixonante, que se tratava de amar e de querer sempre mais. Senti as duas coisas e +.
. tensão que existe quando se é obrigado a estar com quem se ama, apenas 2 a 3 x's por ano.
. desejo de querer sonhar, planear e desejar o mundo com essa pessoa, e toda sociedade o dizerem não, muitas vezes pela própria boca de quem é amado.
. tristeza de se anularem, reprimirem, viverem somente uma parte de si, como no mona lisa smile - lá por estar a sorrir não quer dizer que seja feliz.
. raiva::tristeza::decepção por não terem conseguido libertar-se dos seus medos e por agirem de uma forma que eu não agiria, talvez por viver em 2006 e não há cerca de 30/40 anos. Não consigo explicar, mas senti penas das familias deles, que nunca viveram na verdade e que sempre sonharam com base no que lhes era representado. É verdade que eles os dois sofreram, mas arrastaram mulheres e filhos. Lembro-me de ter ficado passado, quando Alma viu os dois juntos, mas também não dá para os julgar.


Felizmente vivemos em 2006, e pertencemos a uma nova geração lgbt. Por já podermos viver em conformidade com aquilo que sentimos.
o filme está excelente por isso. Por mostrar o que é viver em dois mundos diferentes. Os dois mundos de Jack e Ennis e nenhum deles o verdadeiro.

Hoje em dia, não pode fazer sentido, continuar a existir esta dualidade. Viver em dois mundos diferentes, num esconde esconde. A vida quer que sejas feliz, mas tu tens de ser honesto com ela e contigo. Mas isto é outra coisa que falarei...

[as curtas ficam para amanhã, que tenho de ir dormir]

m peregrino

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